Tuesday, June 27, 2006

Blogs não são usados como diários virtuais?

Então não vou resistir a tentação (mesmo já sendo um velho caquético) de contar que tive a manha de ralar os dois cotovelos andando de skate, nesse fim de semana. O cotovelo esquerdo caiu direto no concreto, fez até barulho, e esta articulação está doendo mais. Toda vez que digito algo, no entanto, os dois doem bastante. Isto que é sacrifício para manter um blog.

Thursday, June 22, 2006

Ando meio sem inspiração...

Deixei esse blog muito parado. Para começar a reanimar, vou publicar aqui a pequena crítica que fiz da edição em DVD do filme Cidade Baixa. O momento é bom, o filme é excelente e foi lançado recentemente nos cinemas gringos (Estados Unidos, mais especificamente). A crítica foi publicada na edição de junho do Jornal do Sindicato dos Bancários de Poços de Caldas. Dessa vez, eles esqueceram de pôr meu crédito. Que merda!
Dica de DVD
Cidade Baixa

Cidade Baixa é um daqueles filmes que fica ainda melhor quando se vê pela segunda vez. Amoral, mas sem cinismo, tem aquele tradicional tom documental do cinema brasileiro. A ação vigorosa é entremeada por uma história de amor que nada tem de piegas. O realismo com que trata a vida de pessoas humildes que transitam em uma zona cinzenta, entre a criminalidade e o desejo de levar uma vida pacata, pode chocar quem gosta de filmes água com açúcar, ou incomodar quem gosta de filmes banais de ação.
A Cidade Baixa do título é a zona portuária de Salvador, Bahia. Boa parte da história desenrola-se em lugares logo abaixo do Elevador Lacerda. Em meio a ruelas claustrofóbicas, prostituição e abandono de todo tipo, configura-se um triângulo amoroso entre os amigos Deco (Lázaro Ramos), Naldinho (Wagner Moura) e a prostituta Karinna (a novata Alice Braga). A atuação de todos os atores é de deixar o queixo caído. O esmero das interpretações é bem demonstrado nos extras do DVD. Procure pegar o filme apenas se tiver com tempo, pois vale a pena ver todos os detalhes.
È importante notar que o maniqueísmo é evitado. Não há, de fato, julgamentos morais. Os supostos vilões, como o apostador interpretado pelo ator José Dumont, é apenas uma pessoa desajustada, tentando se integrar. Esta qualidade na trama era o que se podia esperar do diretor Sérgio Machado e o roteirista Karim Aïnouz, que já haviam trabalhados juntos no filme Madame Satã.